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Índice
Introdução
A partir de o início das sociedades, fomos condicionados a deperder uns dos outros para a sobrevivência. Até mesmo o relacionamento dos primeiros seres humanos se baseou neste princípio.
Enquanto o homem desenvolveu um olhar de foco para caçar, a mulher por outro lado, desenvolveu uma visão panorâmica para observar animais selvagens e proteger o homem no momento da caça e sua aldeia de outros bichos ou invasores.
Esse breve retorno à história do início da civilização nos relembra de que forma e porquê nos organizamos de determinada maneira. Dos primeiros seres humanos à milhares de anos depois, as sociedades, culturas, hábitos, e tudo o que pudesse preservar e prolongar a vida na terra e expandir as obras humanas foram desenvolvidas.
Cada pessoa precisou desenvolver uma habilidade específica para construir uma parte de todo o processo social. Esse aspecto não mudou, apenas evoluiu para várias outras áreas e necessidades que surgiam em cada época.
Avançando centenas de milhares de anos no tempo, chegamos a uma nova era da humanidade: uma era onde os seres humanos automatizaram o mundo e como consequência – prevista ou não – criaram competidores chamados de “robôs”.
Nós estávamos acostumados com trabalhos braçais e operacionais. Hoje, um robô pode fazer – quase – tudo, menos substituir os seres humanos e ocupar uma posição equivalente nas relações interpessoais.
Dito isso, podemos começar a entender o porquê estamos ressaltando a importância do trabalho em equipe, se a interdependência é um fator inconsciente e que se apresenta em nosso cérebro reptiliano.
Ainda que saibamos que o trabalho em equipe é fundamental para o sucesso de qualquer tarefa, atividade ou meta que necessita de pessoas e tempo hábil, a nossa cultura é diversificada, e sem o devido cuidado podem existir conflitos que enfraquecem o elo das equipes e dificultam a conclusão plena de uma tarefa.
Finalmente, o mundo empresarial, as indústrias, organizações e instituições, dependem das pessoas para cumprirem seus papéis. Já as pessoas possuem diversas necessidades para exercerem suas atividades em equipe e alcançar o êxito em comum.
O que é e qual a importância do trabalho em equipe?
“Nenhum de nós, inclusive eu, jamais fez grandes coisas. Mas todos nós podemos fazer pequenas coisas, com muito amor, e juntos podemos fazer algo maravilhoso”. Se Abraham Lincoln disse isso, quem somos nós para discordarmos da importância do trabalho em equipe, não é mesmo?
Existem líderes no mundo todo que inspiram pessoas para que elas mesmas possam extrair o que há de melhor nelas, além de motivá-las a desenvolver suas habilidades em prol de um “bem maior”.
Embora em ambientes corporativos existam chefes que possuem quadros com frases como “o talento vence o jogo, mas só o trabalho em equipe vence o campeonato”, isso, para um profissional, somente imprime uma ideia de que a hierarquia estabelecida deve ser respeitada – e nunca questionada –, e que por isso “chegaremos ao sucesso” – será?
O trabalho em equipe é mais do que “estar no mesmo barco”, “remar na mesma direção, ao mesmo tempo, com a mesma intensidade” haja o que houver. Na realidade, o trabalho de equipe acontece quando as pessoas gostam ou amam estar trabalhando junto com as pessoas que também amam as pessoas e o trabalho.
Pessoas amam pessoas
Mesmo com diversas diferenças, alguém que saiba respeitá-las e apreciá-las, compreende que cada pessoa complementa a outra em uma equipe, e que se juntas estabelecerem uma relação saudável e amigável, as chances de sucesso serão reais.
Pessoas que gostam uma das outras no ambiente de trabalho não ligam para hierarquia. Ambientes leves, com pessoas engraçadas e que fazem piadas ou comentários internos são mais felizes, honestas e trabalham com alegria, diferente de ambientes onde se exalta a hierarquia.
Quer um exemplo? Lembre-se de seus trabalhos em grupos na época da escola ou faculdade. Quais deles foram bem sucedidos? Arrisco a dizer que os melhores trabalhos foram realizados com bons grupos com pessoas que se relacionaram bem, ou que no mínimo souberam respeitar umas às outras; correto?
Propósito compartilhado
Outra característica de uma equipe de sucesso é quando se tem um objetivo claro e comum a todos. Se as pessoas compreenderem o objetivo, a equipe alcançará resultados. Porém, se todos da equipe transformarem o objetivo em um propósito pessoal, “sucesso” é um eufemismo*.
Um exemplo interessante sobre alguém motivado pelo propósito é a personagem Dory, de “Procurando o Nemo”.
Ainda que “a” peixe da espécie cirurgião-patela sofresse da síndrome da perda de memória recente, e comicamente se esquecesse do porquê ela estava ajudando Marlin (peixe-palhaço, pai de Nemo), sua frase emblemática “continue a nadar, para achar a direção” demonstra que o propósito a motivava e era ainda mais forte e importante do que sua ausência de memória.
Mesmo com Marlin perdendo as esperanças de encontrar Nemo, Dory por sua vez foi excepcional para resolver o problema: pediu informação para um cardume de peixes e – pasmem, até para seus predadores – tubarões, se divertia enquanto trabalhava, e sempre tentava mostrar para seu companheiro que eles iriam concluir sua jornada e trazer Nemo de volta para casa – alguém que ela sequer conhecia, mas abraçou o propósito e não desistiu.
(*Eufemismo: o contrário de hipérbole. É a qualidade daquele que minimiza ou suaviza os fatos. Na frase, queremos dizer que o sucesso será maior do que imaginado)
Contribuição para um legado
Steve Jobs, fundador da Apple, certa vez descreveu a empresa como a maior startup do mundo, e existe uma razão para isso: as pessoas não trabalham baseado em uma hierarquia, mas sim no propósito coletivo.
Em uma entrevista (vídeo abaixo) Jobs revelou como são as reuniões com os líderes de cada área, e disse que deixar as pessoas livres para pensar em novas ideias, criar soluções e tomar suas próprias decisões é a chave para que a empresa seja “incrivelmente colaborativa”.
Servir uns aos outros
Esse exemplo clássico faz uma reflexão sobre os anseios individuais em detrimento do objetivo coletivo. Todos precisavam beber da colher, no entanto, o egoísmo de servir a si mesmo impossibilitava que todo mundo cumprisse o objetivo que era beber da colher.
Quando o grupo entende que é necessário servir ao outro primeiro, mesmo que se esteja com sede, outros lhe servirão também. Dar é mais vantajoso do que apenas receber, pois hoje você ajuda e amanhã você será ajudado(a).
Em um ambiente de caos, nadem, juntos
Lembra do “continue a nadar”? Nesta cena (abaixo) também de Procurando Nemo, Dory cai numa armadilha junto com um cardume. Uma rede de pesca consegue capturá-los.
Percebendo o ambiente de caos onde nada se resolvia, Nemo tem a brilhante ideia de nadar no sentido oposto da força em que os peixes estavam sendo puxados. Marlin, Nemo e Dory convocam os outros peixes para nadar para baixo e enfim, conseguem escapar da rede.
Assista: